sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A falta de negros nos meios de comunicação, a falta de terras para os quilombolas, a falta de negros nas universidades, fere a Constituição, a Carta Magna de 1988 que diz que perante a lei somos todos iguais, isso por si só não basta, é necessário implementar políticas públicas, para desmitificar a suposta democracia racial que vivemos.
No Brasil temos vítimas do racismo, mas nunca é identificado o racista, precisamos enfrentar o racismo para só assim encontrar soluções para combater este mal.
Há séculos o racismo brasileiro coloca a população negra em situação de desigualdade, e isto só será superado com ações afirmativas (cotas-tratamento desigual para permitir a igualdade de oportunidades a quem esta em condição inferior), como as utilizadas nos EUA e na África do Sul. Resistir às ações afirmativas é lutar para não perder benefícios do racismo. As cotas não são para discutir a raça/etnia e sim para corrigir uma dívida histórica que este país tem com os negros.
O Brasil é um misto de culturas e de civilizações, alguns vieram voluntariamente, outros não, vieram traficados, escravizados, com certeza ambos contribuiram para formar a história do povo brasileiro, só que quando olhamos os livros didáticos, a referência é européia e nada consta sobre os índios, os negros, sobre a história da África, fica o questionamento: Por que os negros têm obrigação de conhecer a história de seus compatriotas de descendência Européia? E porque a história dos negros, a história da África não é ensinada? É urgente e necessário que a LEI 10639/03 seja colocada em prática, visto que em quase todo o território nacional é letra morta ou está restrita a estudos dentro de gabinetes/secretarias.

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