segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Revolução sem mitos





HISTÓRIA REGIONAL DA INFÂMIA
Juremir Machado da Silva


História regional da infâmia - O destino dos negros e outras iniquidades basileiras (ou como se produzem os imaginários) é um livro que contesta os mitos que por séculos sustentaram o imaginário acerca da Revolução Farroupilha. Juremir Machado da Silva, romancista, professor universitário, ensaísta, historiador e tradutor, juntamente com uma equipe de dez pesquisadores, se debruçou sobre 15 mil documentos para trazer à luz este minucioso estudo sobre as verdadeiras causas da Guerra dos Farrapos.

Assim como Jorge Luis Borges em sua História universal da infâmia, Juremir tira do pedestal da glória os grandes heróis da Revolução – Bento Gonçalves, David Canabarro, general Neto, Vicente da Fontoura, entre outros – e os devolve ao plano terreno dos mortais, revelando como interesses pessoais corroeram o lema revolucionário de “liberdade, igualdade e humanidade”. O autor também questiona a origem dos recursos financeiros que possibilitaram a Revolução Farroupilha. Por trás dos discursos abolicionistas havia o sistemático financiamento da luta armada com a venda de negros e promessas vazias de liberdade aos cativos que nela lutassem.

Sem receio de tocar em tabus da história gaúcha, Juremir alimenta a discussão sobre uma possível traição na batalha de Porongos, quando grande parte dos negros foi massacrada num ataque surpresa das forças imperiais, sustentando que a batalha não passou de um estratagema para o aniquilamento dos negros revolucionários.

História regional da infâmia revela em detalhes os bastidores dessa revolução de estancieiros gaúchos que, em quase dez anos de luta, contabilizou menos de 3 mil mortos – número que reduz o conflito a uma dimensão infinitamente menor do que aquela ensinada nas escolas. A partir da análise da mistificação criada por historiadores que não só incharam a história e a importância da revolta, como também deturparam suas principais causas e escolheram seus heróis, o autor mostra que a Revolução Farroupilha acabou bem – ao menos para os seus líderes, que foram regiamente indenizados pelos vencedores imperiais.
fonte: http://www.lpm.com.br

sexta-feira, 13 de maio de 2011

13 de maio - dia de luta contra o racismo / dia dos pretos velhos

A escravidão dos negros no Brasil foi uma ação criminosa, injustificável e indesculpável, tendo em vista que os africanos que foram escravizados eram considerados objetos de uso, sendo desconsiderada a condição de seres humanos.
É inaceitável as justificativas econômicas e de colonização que foram impostas durante séculos ao povo negro.
Em 1837 a Lei nº 01 de 04 de janeiro dizia no seu artigo 3º que "São proibidos de frequentar as escolas públicas:
§ 1º - Todas as pessoas que padecem de moléstias contagiosas.
§ 2º - Os escravos e os pretos africanos ainda que sejam livres ou libertos.

A exclusão, o racismo e o preconceito sofridos pelos negros no Brasil ao não terem o direito ao acesso à educação durante o período da escravidão ainda é um problema a ser resolvido, mesmo com as políticas públicas adotadas pelo governo federal, ainda percebemos a invisibilidade da população negra no que se refere ao sucesso escolar, ainda temos poucos negros exercendo profissões, como por exemplo: juízes, desembargadores, promotores, médicos, diplomatas, senadores, cientistas, deputados, prefeitos e vereadores. É urgente o cumprimento da Lei 10.639/03, e de tantas outras leis que com certeza poderão aos poucos quebrar este silêncio em relação as questões éticas raciais, ao racismo brasileiro. É importante destacar que lá (1837) quando a lei excluía, ela era cumprida e hoje, quando a lei é de inclusão, ela é desrespeitada, muitas vezes também por aqueles que deveriam fazer cumprir verdadeiramente as leis.

O 13 de maio é uma data que deve ser de reflexão,de luta que deve ser sempre lembrada, não como lamento, mas de afirmação de onde viemos, o que somos e o que queremos e merecemos ser, é preciso sempre manter viva a memória, para não repetir esta atrocidade, este crime contra a humanidade que foi a escravidão.
O dia 13 de maio deve ser marcado por manifestações antirracistas, de denúncia de que a abolição em 1888 não incluiu a população negra brasileira nem tampouco garante o cumprimento integral da Constituição Brasileira, no que se refere "Todos são iguais perante a Lei", temos como exemplo a expectativa de vida dos negros que é menor que a dos brancos.
13 de maio dia dos pretos velhos, estes representam a força, a sabedoria, o amor e a caridade.

Sugestão de filmes:
Cafundó é inspirado em um personagem real saído das senzalas do século XIX. Um tropeiro, ex-escravo, deslumbrado com o mundo em transformação e desesperado para viver nele. Este choque leva-o ao fundo do poço. Derrotado, ele se abandona nos braços da inspiração, alucina-se, ilumina-se, é capaz de ver Deus. Uma visão em que se misturam as magias de suas raízes negras com a glória da civilização judaico cristã. Sua missão é ajudar o próximo. Ele se crê capaz de curar, e acaba curando. O triunfo da loucura da fé. Sua morte, nos anos 40, transforma-o numa das lendas que formou a alma brasileira e, até hoje, nas lojas de produtos religiosos, encontramos sua imagem, O Preto Velho João de Camargo.
Quanto vale ou é por Quilo?
Uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. No século XVII um capitão-do-mato captura um escrava fugitiva, que está grávida. Após entregá-la ao seu dono e receber sua recompensa, a escrava aborta o filho que espera. Nos dias atuais uma ONG implanta o projeto Informática na Periferia em uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.
Sugestão de vídeos:
Assista aos vídeos disponibilizados na página: http://www.acordacultura.org.br/, venha conhecer os Heróis de Todo Mundo. Este projeto tem como propósito construir uma nova prática para pensar e agir as relações educacionais plurirracial e multicultural, dando visibilidade à cultura afro-descendente como protagonista na construção histórica do nosso país.
Projeto RS Negro - disponível gratuitamente no Portal da PUCRS http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/rsnegro/ - http://www.pucrs.br/faced/educomafro/
Sugestão de leitura:
Em busca da liberdade - traços das lutas escravas no Brasil - de Emilio Gennari traz à tona o velho sonho de todos os oprimidos do mundo de todas as épocas: a liberdade das garras da opressão. E, junto com o sonho, as lutas travadas em busca da liberdade. Um texto leve e bastante informativo, de acordo com a editora, leva o leitor a um passado histórico que “é muito mais do que um momento distante”. A busca da liberdade exige lutas e a compreensão disso “é um passo indispensável para se entender profundamente a realidade atual”. O livro ressalta a necessidade do conhecimento e da compreensão de nosso passado para entendermos o nosso presente. Só assim teremos condições para continuar a nossa busca pela liberdade.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

13 de maio - dia de luta contra o racismo / dia dos pretos velhos

A escravidão dos negros no Brasil foi uma ação criminosa, injustificável e indesculpável, tendo em vista que os africanos que foram escravizados eram considerados objetos de uso, sendo desconsiderada a condição de seres humanos.
É inaceitável as justificativas econômicas e de colonização que foram impostas durante séculos ao povo negro.
Em 1837 a Lei nº 01 de 04 de janeiro dizia no seu artigo 3º que "São proibidos de frequentar as escolas públicas:
§ 1º - Todas as pessoas que padecem de moléstias contagiosas.
§ 2º - Os escravos e os pretos africanos ainda que sejam livres ou libertos.
A exclusão, o racismo e o preconceito sofridos pelos negros no Brasil ao não terem o direito ao acesso à educação durante o período da escravidão ainda é um problema a ser resolvido, mesmo com as políticas públicas adotadas pelo governo federal, ainda percebemos a invisibilidade da população negra no que se refere ao sucesso escolar, ainda temos poucos negros exercendo profissões, como por exemplo: juízes, desembargadores, promotores, médicos, diplomatas, senadores, cientistas, deputados, prefeitos e vereadores. É urgente o cumprimento da Lei 10.639/03, e de tantas outras leis que com certeza poderão aos poucos quebrar este silêncio em relação as questões éticas raciais, ao racismo brasileiro.É importante destacar que lá (1837) quando a lei excluia, ela era cumprida e hoje, quando a lei é de inclusão, ela é desrespeitada, muitas vezes também por aqueles que deveriam fazer cumprir verdadeiramente as leis.

O 13 de maio é uma data que deve ser de reflexão, de luta que deve ser sempre lembrada, não como lamento, mas de afirmação de onde viemos, o que somos e o que queremos e merecemos ser, é preciso sempre manter viva a memória, para não repetir esta atrocidade, este crime contra a humanidade que foi a escravidão.
O dia 13 de maio deve ser marcado por manifestações antirracistas, de denúncia de que a abolição em 1888 não incluiu a população negra brasileira nem tampouco garante o cumprimento integral da Constituição Brasileira, no que se refere "Todos são iguais perante a Lei", temos como exemplo a expectativa de vida dos negros que é menor que a dos brancos.
13 de maio dia dos pretos velhos, estes representam a força, a sabedoria, o amor e a caridade.

Sugestão de filmes:
Cafundó é inspirado em um personagem real saído das senzalas do século XIX. Um tropeiro, ex-escravo, deslumbrado com o mundo em transformação e desesperado para viver nele. Este choque leva-o ao fundo do poço. Derrotado, ele se abandona nos braços da inspiração, alucina-se, ilumina-se, é capaz de ver Deus. Uma visão em que se misturam as magias de suas raízes negras com a glória da civilização judaico-cristã. Sua missão é ajudar o próximo. Ele se crê capaz de curar, e acaba curando. O triunfo da loucura da fé. Sua morte, nos anos 40, transforma-o numa das lendas que formou a alma brasileira e, até hoje, nas lojas de produtos religiosos, encontramos sua imagem, O Preto Velho João de Camargo.
Quanto vale ou é por Quilo?
Uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. No século XVII um capitão-do-mato captura um escrava fugitiva, que está grávida. Após entregá-la ao seu dono e receber sua recompensa, a escrava aborta o filho que espera. Nos dias atuais uma ONG implanta o projeto Informática na Periferia em uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.

Sugestão de vídeos:
Assista aos vídeos disponibilizados na página: http://www.acordacultura.org.br/, venha conhecer os Heróis de Todo Mundo. Este projeto tem como propósito construir uma nova prática para pensar e agir as relações educacionais plurirracial e multicultural, dando visibilidade à cultura afro-descendente como protagonista na construção histórica do nosso país.
Projeto RS Negro - disponível gratuitamente no Portal da PUCRS http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/rsnegro/ - http://www.pucrs.br/faced/educomafro/

Sugestão de leitura:
Em busca da liberdade - traços das lutas escravas no Brasil - de Emilio Gennari traz à tona o velho sonho de todos os oprimidos do mundo de todas as épocas: a liberdade das garras da opressão. E, junto com o sonho, as lutas travadas em busca da liberdade. Um texto leve e bastante informativo, de acordo com a editora, leva o leitor a um passado histórico que “é muito mais do que um momento distante”. A busca da liberdade exige lutas e a compreensão disso “é um passo indispensável para se entender profundamente a realidade atual”. O livro ressalta a necessidade do conhecimento e da compreensão de nosso passado para entendermos o nosso presente. Só assim teremos condições para continuar a nossa busca pela liberdade.