quinta-feira, 25 de novembro de 2010
RS NEGRO
Com a Lei no 10.639/03, reformulada pela Lei 11.645/08 a legislação rompe ou deveria romper com a ordem dos currículos escolares ao propor um novo conhecimento científico contrário à superioridade da produção cultural européia.
A cultura negra em sala de aula ainda hoje na maioria das escolas:
ERROS - Abordar a história dos negros a partir da escravidão.
- Apresentar o continente africano cheio de estereótipos, como o exotismo dos animais selvagens, a miséria e as doenças, como a Aids.
- Pensar que o trabalho sobre a questão racial deve ser feito somente por professores negros para alunos negros.
- Acreditar no mito da democracia racial.
ACERTOS - Aprofundar-se nas causas e consequências da dispersão dos africanos pelo mundo e abordar a história da África antes da escravidão.
- Enfocar as contribuições dos africanos para o desenvolvimento da humanidade e as figuras ilustres que se destacaram nas lutas em favor do povo negro.
- A questão racial é assunto de todos e deve ser conduzida para a reeducação das relações entre descendentes de africanos, de europeus e de outros povos.
- Reconhecer a existência do racismo no Brasil e a necessidade de valorização e respeito aos negros e à cultura africana.
Acredito que o O projeto RS Negro: educando para a diversidade irá contribuir para a desmitificação da “Democracia Racial”, vai tornar público a luta dos negros, e a importância de sua participação na construção da sociedade brasileira, bem como sua valorização como negros-brasileiros, pois são muitas as deficiências percebidas, que impedem a implementação da Lei 10.639/2003, reformulada pela Lei 11.645/2008 , desde a desatualização de livros didáticos, falta de formação, capacitação e conhecimento da história e da cultura africana pelos educadores, até a omissão do estado brasileiro em não fazer cumprir verdadeiramente a lei.
Este projeto é uma realização da Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social do RS (SJDS), da Fundação de Educação e Cultura do Internacional (Feci), com financiamento da Companhia Estadual de Energia Elétrica do RS (CEEE), por meio da Lei da Solidariedade. São parceiros da iniciativa A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, através do Grupo Educomunicação e Produção Cultural Afrobrasileira (Educom Afro) e a EDIPUCRS, o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado do Rio Grande do Sul (Codene), a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e o Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (AHRS).
O material é composto pela segunda edição do livro RS Negro: cartografias da produção do conhecimento, pelo vídeo-documentário Sou, pela revista RS Negro, pelo Posterbook RS Negro, por um CD de aulas RS Negro e um CD de áudios Negro Grande, onde a música “Esse é MeuLugar” do Rafuagi é faixa (11) garantida, juntamente com Papas da Lingua, Produto Nacional, W Negro, Giba Giba, Marietti Fialho, dentre outras feras da música negra gaúcha.. .
Os produtos do Projeto RS Negro estão disponíveis gratuitamente no Portal da PUCRS (http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/rsnegro/).
Fonte: http://www.pucrs.br/faced/educomafro/
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário